domingo, 17 de fevereiro de 2013

Sem Frevo em Pernambuco







Leo Japa, Romeritho Abreu, Deen Malloy
e o Lampião de Pedra.
Texto: John Nascimento

O Frevo, sem dúvida alguma, é o maior símbolo do carnaval Pernambucano. Passar os dias de folia na terra onde nasceu o ritmo sem ouvir, ao menos, uma vez os clássicos “Vassourinha” e “Voltei Recife” é uma façanha considerada impossível por muitos, mas não pelos escaladores que estiveram em Brejo da Madre de Deus neste carnaval.

A festa do município foi cancelada pela prefeitura que em nota disse: “... a verba gasta para a realização do evento seria acima da realidade municipal, deixando de ser aplicada em serviços tais como: Saúde, Limpeza Urbana, Assistência Social, folha de pagamento e demais compromissos”. A notícia decepcionou, mas mostrou um pouco de sensatez dos governantes, não só de Brejo, mas também de vários municípios nordestinos que são atingidos pela seca.
Ceara, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco.
Todos juntos pela escalada.

Porém a ausência das festividades carnavalescas não diminuiu em nada o brilho de uma visita a uma cidade linda, histórica e perfeita para a prática da escalada. Sem o carnaval as belezas naturais e não naturais ficaram mais evidentes.

Os casarões antigos, as ladeiras, os tradicionais toyoteiros, a sensação de estar num lugar onde os primeiros habitantes deixaram suas marcas na rocha, o cemitério indígena, a contemplação da beleza do cume da Pedra da Bicuda, o forrozinho a noite para os mais empolgados e o friozinho tão raro para os nordestinos fazem valer a pena cada passo dado para chegar a Brejo da Madre de Deus.

Pedra da Bicuda
O carnaval em Pernambuco sem Frevo é possível e inesquecível, mas não podemos mentir. Do alto dos 290 metros do Rampão, maior via do local, foi inevitável olhar as casinhas lá em baixo e não cantarolar um “Pá, Rá, Rá, Pá, Rá, Rá, Rá”. Afinal de contas “O melhor escalador é aquele que mais se diverte”

Informações sobre escalada em Pernambuco: http://escaladape.blogspot.com.br/




Luciano  e Junior. Os anfitriões. 


Pinturas Rupestres 

John Nascimento, Romeritho Abreu, Leo Japa e Deen Malloy à caminho do Rampão.